Coluna da Lidi

>> sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estância da Canção Gaúcha
por Lidiane Silveira


Aproveitando a deixa da publicação do Chico na Coluna Mano a Mano de terça-feira, também abarcarei o tema de um festival nativista que, infelizmente, perdeu muito de sua força nos últimos anos. Tanto que no ano corrente deixará seus seguidores só na expectativa. Falo do Festival "Estância da Canção Gaúcha", da minha cidade, São Gabriel. São Gabriel que, aliás, para os apreciadores do gênero, já foi muito melhor servida no quesito nativismo e cultura musical em geral. Contávamos não só com a Estância, mas alguns outros festivais durante o ano. Alguns seguem, com extrema força de vontade dos organizadores e outros, como a Estância, em 2009 ficaram na promessa.

Se bem o Festival não conta com todo o glamour da Califórnia, o que seria impossível devido aos anos e a história do evento de Uruguaiana, este já foi palco dos principais nomes da música do Rio Grande do Sul como Luís Carlos Borges, Pirisca Grecco, Miguel Marques, Leonel Gomes, Luis Marenco, João de Almeida Neto, Jairo 'Lambari' Fernandes, entre outros. Teve início em 1992, realizado no CTG Tarumã. Desde então, teve ininterruptas edições anuais, com exceção da 17ª que se realizaria este ano. Seu ápice, a meu ver, foi a 12ª edição, nominada "A Estância das Estâncias" de 2002, onde a concorrência ficou por conta de todas as campeãs dos anos anteriores, consagrando na voz de Miguel Marques a canção "Por onde anda a alma inquieta do poeta", homenagem ao compositor Edilberto Teixeira (com letras sempre presentes nos festivais gabrielenses).

Outra característica da Estância era a Fase Interna de São Gabriel e, no último ano, a "Estancinha" que deu espaço para crianças e adolescentes se apresentarem. Além disso, o palco do festival foi trampolim para nomes como Jean Kirchoff, Evandro Marques, César Oliveira, Rogério Melo, entre outros que viram nascer e consolidar suas carreiras no evento.

Contudo, apesar da idade adolescente, o festival já dava demonstrações de perda de fôlego, inclusive do público que era cada vez mais diminuto. Tenho as minhas deduções sobre o sucedido, mas já seria outro tema. O que lamento verdadeiramente, apesar de não ser tão afim do gênero, é que se deixe morrer o festival. Poderia ser reformulado, repensado, mas mantido. Com a não realização da Estância, São Gabriel perde muito no quesito "evento cultural" que já não é tão forte na cidade e que poderia ser muito melhor aproveitado.

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